O Ministro da
Saúde Alexandre Padilha lançou nesta sexta-feira (25), no Rio de Janeiro,
campanha de prevenção a Aids direcionada, principalmente, às adolescentes e
mulheres, devido à alta incidência de casos registrados na população feminina
de 15 a
24 anos. Ele afirmou que a ideia é evitar a disseminação da doença nesse
público, já que, segundo ele, o país vive uma “feminização” da Aids.
De acordo com os
dados epidemiológicos do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do
Ministério da Saúde, o número de casos entre a população de 13 a 19 anos das classes C, D
e E se tornou maior nas mulheres em 1998, quando foi registrado oito casos em
meninos para cada dez em
meninas. Do total verificado até junho de 2009, 49,4% são
diagnosticados em meninas.
O ministro
ressaltou a necessidade das mulheres não deixarem de usar preservativos tanto
com parceiros eventuais quanto com fixos.
"No Brasil
está ocorrendo o que nós chamamos de feminização da doença. Após mais de 20
anos do surgimento da Aids, nos preocupa o grupo de mulheres entre 15 e 24
anos, foco fundamental para evitar que a disseminação continue".
Em 1989, a razão de sexo
(numero de casos de homens dividido pelo numero de casos de mulheres) era de
cerca de seis casos em homens para cada infecção no sexo feminino. Em junho de
2009, esse índice chegou a 1,6.
Essa tendência
de feminização da doença já é verificada em 16 Estados da União, mas chama a
atenção principalmente no Maranhão, Paraná e Santa Catarina.
A campanha de
incentivo ao uso de camisinha no Carnaval vai disponibilizar 84 milhões de
preservativos em todo o Brasil, 26 milhões a mais do que no ano passado.
Padilha realizou
o teste de detecção rápido da doença na quadra da Salgueiro, durante a
apresentação da campanha. O resultado pode ser apresentado em 15 minutos.
Estimativas do
Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas
vivendo com o vírus da Aids. Deste total, 255 mil nunca fizeram o teste e não
sabem que estão infectadas.
As mensagens da
campanha, bastante ousadas, exaltam a participação das jovens na negociação do
uso do preservativo. Três garotas, com estereótipos diferentes e linguagem
bastante informal, conversam entre si sobre a necessidade de sempre ter
preservativo e, principalmente, não ceder às investidas masculinas caso o homem
não queria usar a camisinha.
Campanha contra
Aids deste ano está focada no público feminino.
Uso da
camisinha
Os dados do
Ministério da Saúde mostram que as meninas estão ficando mais descuidadas que
os meninos. Em uma pesquisa realizada em 2008, 63,8% dos homens disseram ter
usado camisinha na primeira relação sexual, enquanto para as mulheres o índice
foi de 57,6%. Além disso, apenas 25,1% delas disseram ter usado preservativo em
todas as relações sexuais nos últimos 12 meses com um parceiro fixo – para os
homens, o índice foi de 36,4%. Padilha comentou o resultado.
"Os jovens
dessa geração não pegaram as campanhas do início da Aids, quando ninguém sabia
o que fazer, como agir em casos de gravidez em portadoras de HIV. Hoje, apesar
de a realidade ser outra, tudo indica que as mulheres afrouxaram o uso. É
importante que, desde a escola, todas conversam abertamente sobre o assunto.
Pedir para usar camisinha é um ato de proteção a si próprio. Não existe nada mais
respeitoso que proteger a vida".
Fonte:
hoje em dia
1 comentários:
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Obrigado,
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