O
professor universitário aposentado Leônidas Gonçalves Nunes, de 60 anos, foi
detido na noite da última segunda-feira sob a suspeita de tráfico de drogas e
associação para o tráfico. Além dele, também foram detidas Ivanilda Ademir da
Silva, de 25 anos, e Janecleide Jéssica da Silva, 19 – que responderão pelos
mesmos crimes. Na casa onde estavam, foram localizadas 145 pedras de crack.
Leônidas, natural do estado do Acre, onde lecionava, disse estar de passagem
pelo estado em direção a João Pessoa, onde mora atualmente. À TRIBUNA DO NORTE,
confessou a dependência química, mas negou que estava comercializando drogas.
O
delegado titular da 1º Delegacia de Parnamirim, Graciliano Lordão, esclareceu
as circunstâncias da ocorrência. “Ele estava na casa com as duas mulheres há
mais de duas semanas. O seu carro de luxo chamou a atenção da vizinhança que
ligou para a polícia. Passamos a última semana investigando e o prendemos ontem
[segunda-feira]”, disse. O endereço da casa do trio é rua São João, número 6,
no bairro de Bela Parnamirim.
Além da quantidade de crack, foram encontradas mais duas pedras maiores, que ainda seriam fracionadas. Uma balança de precisão também estava na casa. “Ele não era somente usuário”, afirmou o delegado Lordão, esclarecendo que ninguém assumiu a posse da droga.
Dependente
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE conversou ontem pela manhã com o professor Leônidas Nunes, detido na cela do Centro de Detenção Provisório de Parnamirim. Ele diz ser viciado em crack há 14 anos, e o contato com a droga teve início logo após o período em que deixou de lecionar. “Ensinava sociologia na universidade federal do Acre, onde nasci. Depois da aposentadoria tive contato com a droga e também passei a estudar a dependência química. Não aconselho ninguém a entrar e já tirei muitos do vício”, contou.
Segundo informações do próprio Leônidas, ele viajava do Ceará para a Paraíba e só tinha a intenção de consumir crack em Natal. “Já conhecia a Jane [Janecleide, que também foi presa] e fui comprar dela. Acabei me metendo nessa enrascada”.
O delegado Graciliano Lordão rebateu o argumento do professor baseando-se no fato de o docente ter passado muito tempo na casa onde se realizava o tráfico. “A investigação será concluída, mas há pelo menos duas semanas ele estava lá. Ele será indiciado por tráfico e por associação para o tráfico”, reforçou Lordão.
O professor se manteve confiante em não responder pelos crimes apontados pela polícia. “Estou esperando o meu advogado chegar e quero ser libertado o mais rápido possível”.
#Tribuna do Norte
0 comentários:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opiniões de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião do Blog do Sargento Andrade.