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terça-feira, 22 de março de 2011

Tribunal de Justiça define que juiz continuará preso

Inquérito judicial ficará com desembargador Amaury Moura
O Pleno do Tribunal de Justiça reuniu ontem a Corte em sessão extraordinária de caráter reservado para definir as medidas a serem adotadas em relação à custódia do magistrado Franki Fernandes Coriolano, detido na cidade de Luis Gomes, no dia 17 de março, por disparar arma de fogo em via pública sob estado de embriaguez. A Corte decidiu pela homologação da prisão preventiva do magistrado e deferiu o pedido para tratamento psiquiátrico na Casa de Saúde Natal (Hospital Psiquiátrico Dr. Severino Lopes), assim  como a instauração do inquérito judicial a ser distribuído no Tribunal de Justiça e de processo administrativo disciplinar, cujo relator sorteado foi o desembargador Amaury Moura Sobrinho.

O juiz Franki Fernandes Coriolano, que trabalha na Sexta Vara da Família de Natal, foi preso na quinta-feira passada após efetuar disparos em via pública na cidade de Luís Gomes, distante 200 km de Mossoró. O magistrado foi preso por força de um mandado do Tribunal de Justiça.  

De acordo com o delegado regional de Pau dos Ferros, Inácio Rodrigues de Lima, a prisão do juiz foi feita após denúncias feitas por moradores da cidade. As denúncias começaram durante o Carnaval, segundo Inácio Rodrigues. Antes da operação realizada na quinta-feira passada, as polícias Civil e Militar da região já tinham tentado prender o juiz. “Tentamos ouvir testemunhas, mas ninguém queria falar sobre o caso”, fala Inácio.

Após essa primeira tentativa, as denúncias continuaram. A inormação que chegava à polícia é que o juiz passava o dia bebendo e costumava efetuar disparos, alguns de dentro do sítio e outros em via pública. Na quinta-feira, novos disparos foram efetuados em um bar da cidade. Porém, dessa vez, a polícia já estava de posse de um mandado de prisão preventiva decretado pela desembargadora Judite Nunes, presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a segunda instância judicial. Com a ordem judicial, os policiais voltaram novamente à cidade.

Ainda segundo Inácio Rodrigues, o juiz ainda relutou em se entregar ao ser informado sobre o mandado judicial, mas acabou cedendo e foi preso. No sítio, ainda foram apreendidas algumas armas de cano longo, além da arma de pequeno porte que foi usada nos disparos da via pública.

#Tribuna do Norte

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