Um
estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais)
mostra que 3,4 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 não estudam e
tampouco trabalham. Isso é mais do que toda a população do Estado do
Rio Grande do Norte, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
Esse
contingente representa 14,6% do total de 23,2 milhões de jovens da
época referência da pesquisa –baseada na Pnad (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) 2008. O estudo foi publicado no começo deste ano
no boletim “Na Medida”, disponível no site do Inep.
O
percentual de jovens “desocupados”, que não estudam e não trabalham,
vem se mantendo constante desde 2001 –sempre em torno dos 15%. No
entanto, o número dos que não trabalham, mas estudam, vem caindo aos
poucos: saiu de 12,6% em 2001 e chegou a 10,5% em 2008.
No
mesmo período, houve aumento na fatia dos jovens que terminaram o
ensino médio, mas não se interessaram pelo ensino superior. No
ano-recorte da pesquisa, esse número significa cerca de 1,2 milhão de
pessoas. A maioria delas, mulheres: 43,5% das jovens eram casadas e,
dentro desse percentual, 68,4% tinham pelo menos um filho.
Segundo
o Inep, parte da “inatividade” dessas mulheres significa que essa
ausência pode ser temporária, já que boa parte dos filhos são pequenos.
Entre os homens, o cenário é inverso: quase todos (95%) são solteiros e,
desse total, 66% moram com os pais.
Para
Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, um dos problemas é
que o ensino médio não se torna interessante para os alunos –e não os
estimula a continuar nos estudos.
“Numa
sociedade agrícola, bastava quatro anos de escolaridade para as novas
gerações. Numa sociedade industrial, oito anos. Na moderna sociedade do
conhecimento, ou você tem 11 anos ou não tem chance nenhuma”, diz. “Um
bom ensino médio garante o passaporte mínimo no mercado de trabalho ou
continuidade nos estudos.”
Uol
11:59
William Felix de Andrade




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