Mossoró: O promotor de Justiça Ítalo Moreira explicou o porquê de tanta
impunidade não só em Mossoró, mas em todo o Rio Grande do Norte, apesar
das pessoas nas ruas e os próprios delegados chegarem ao nome dos
autores de homicidios, assaltos e do tráfico de drogas.
Ítalo atua na Vara Criminal de Mossoró e região há vários anos e conhece bem o conteúdo de centenas de inquéritos enviados a Justiça pela Policia, o conteúdo da denúncia do Ministério Público a sentença proferida pelo juiz no caso.
Em Mossoró, os homicídios começaram a crescer em 2006. De 2000 a 2005, o número de execuções era fixo. No máximo 35 em toda a cidade. A partir de 2006 este número começou a subir na proporção de 30% ao ano, chegando a quase 160 em 2010.
Somente em 2011 já aconteceram 64 homicídios. Deste número, 33 na região Oeste de Mossoró e pelo menos 19 o delegado Rubério Pinto, que investiga todos, já sabe o nome do autor. Dos outros 14, ele acredita que elucidará 6 ou 7.
O promotor confirma que realmente em mais de 60% dos processos a Policia e a família sabem o nome do autor do crime, mas isto não está materializado no inquérito. “Uma coisa é ter convicção de quem fez e a outra é colocar provas concretas no processo”, diz o promotor, lembrando que este é o cenário de todo o Estado e não só de Mossoró.
Ítalo Moreira explica que a prova testemunha é um indício muito fraco, porque quase sempre o réu e a testemunha mudam seus depoimentos quando chegam a Justiça. Para o promotor, a prova que condena é a matérial, a pericia forense produzida pelo ITEP.
Só que devido à falta de pessoal, material (...) o ITEP não tem produzido as provas técnicas necessárias. “A prova técnica que encontro nos inquéritos é vergonhosa”, diz o promotor Ítalo Moreira, dizendo que já pediu absolvição de réu sabendo que ele era culpado, mas não havia provas no processo que indicasse a culpa” lamenta.
Diante do exposto, o promotor diz que pra reduzir a violência “é preciso mais policiais civis para fazer diligências nos inquéritos, com suporte de um bom serviço de inteligência. É preciso também mais perícias técnicas no local (...). Quando o instituto científico funciona corretamente, não precisa nem da prova testemunhal. Nós estamos refém da prova testemunhal, que é falha”, finaliza.
Ítalo atua na Vara Criminal de Mossoró e região há vários anos e conhece bem o conteúdo de centenas de inquéritos enviados a Justiça pela Policia, o conteúdo da denúncia do Ministério Público a sentença proferida pelo juiz no caso.
Em Mossoró, os homicídios começaram a crescer em 2006. De 2000 a 2005, o número de execuções era fixo. No máximo 35 em toda a cidade. A partir de 2006 este número começou a subir na proporção de 30% ao ano, chegando a quase 160 em 2010.
Somente em 2011 já aconteceram 64 homicídios. Deste número, 33 na região Oeste de Mossoró e pelo menos 19 o delegado Rubério Pinto, que investiga todos, já sabe o nome do autor. Dos outros 14, ele acredita que elucidará 6 ou 7.
O promotor confirma que realmente em mais de 60% dos processos a Policia e a família sabem o nome do autor do crime, mas isto não está materializado no inquérito. “Uma coisa é ter convicção de quem fez e a outra é colocar provas concretas no processo”, diz o promotor, lembrando que este é o cenário de todo o Estado e não só de Mossoró.
Ítalo Moreira explica que a prova testemunha é um indício muito fraco, porque quase sempre o réu e a testemunha mudam seus depoimentos quando chegam a Justiça. Para o promotor, a prova que condena é a matérial, a pericia forense produzida pelo ITEP.
Só que devido à falta de pessoal, material (...) o ITEP não tem produzido as provas técnicas necessárias. “A prova técnica que encontro nos inquéritos é vergonhosa”, diz o promotor Ítalo Moreira, dizendo que já pediu absolvição de réu sabendo que ele era culpado, mas não havia provas no processo que indicasse a culpa” lamenta.
Diante do exposto, o promotor diz que pra reduzir a violência “é preciso mais policiais civis para fazer diligências nos inquéritos, com suporte de um bom serviço de inteligência. É preciso também mais perícias técnicas no local (...). Quando o instituto científico funciona corretamente, não precisa nem da prova testemunhal. Nós estamos refém da prova testemunhal, que é falha”, finaliza.
Informações: Nominuto.com
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