O jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos, falou ao Fantástico
pela primeira vez sobre a morte da namorada Flávia Anay de Lima, de 16
anos, que caiu do prédio onde os dois moravam na Zona Leste de São
Paulo, há duas semanas. “Era uma pessoa que eu amava muito. A gente
nunca imagina o que se passa pela cabeça das pessoas”, disse o jogador.
“O que eu pude fazer por ela, eu fiz”, garantiu o atleta. Ele alega que a
jovem se jogou do 15º andar do prédio.
Os pais da adolescente não acreditam na versão do atleta para a morte e
suspeitam que ela tenha sido assassinada pelo namorado. “Ele está
tentando se defender. Até que a perícia prove o contrário, eu não
acredito que a minha filha se suicidou”, diz o empreiteiro Francisco
Carlos Lima, de 42 anos. A polícia trata o caso como morte suspeita.
Rafael conheceu Flávia no carnaval de 2008, em Praia Grande, no litoral
de São Paulo, onde a jovem vivia com os pais. Ele tinha 17 anos e ela,
13 anos. “Foi um começo como qualquer outro namoro. Apaixonante e tal. E
a gente foi se envolvendo, se envolvendo, cada vez mais”, contou o
jogador. Dois anos depois, já moravam juntos em São Paulo. “Foi bacana. A
família dela apoiou no começo. Foi magnífica”, completou.
A polícia perguntou para a mãe de Flávia por que a família deixou a
adolescente sair de casa tão jovem. “Ela [mãe] relata que não havia
muito o que fazer, porque ela queria e sabe como é adolescente.
Adolescentes, quando querem alguma coisa, acabam fazendo o que querem”,
diz a delegada seccional Elisabete Sato.
Rafael Silva começou nos times de base da Portuguesa e se tornou
profissional há dois anos. Na carreira, ele diz que tudo ia bem. O que
não acontecia na vida pessoal. “A Flávia tinha um ciúme muito
possessivo, muito doentio. Ela discutia, levantava a voz”, contou.
Questionado se perdeu a cabeça alguma vez, ele negou. “Jamais levantei a
mão para ela.”
Não é o que diz a família de Flávia. “Segundo os familiares, estava com
muito hematoma no corpo. As agressões eram físicas, não eram verbais”,
diz Ademar Gomes, advogado dos pais da jovem. A mãe da adolescente
afirma que, 15 dias antes de morrer, Flávia pediu socorro. “Ela falou
assim para mim: ‘mãe, vem logo porque ele está me batendo’. Porque ele
queria sair de casa, mas, pelo estado de alcoolismo dele, ela não queria
deixar por medo de acontecer um acidente com ele”, conta Luara Adriana
de Lima, de 38 anos.
O jogador negou novamente qualquer agressão. “Ela trancou a porta e não
queria deixar eu ir retirar meu pai do hospital. Eu fiquei nervoso,
fiquei batendo na porta para ela abrir, mas jamais a agredi, nunca. Eu
não sou alcoólatra. Não bebo muito. Sou um jogador profissional”,
alegou. O presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, negou que ele tenha
chegado alguma vez ao clube alcoolizado. “Nunca aconteceu. E, se
realmente acontecesse, ele não estaria mais jogando na Portuguesa”,
afirmou.
Mas o que aconteceu na madrugada do dia 31 de julho? Segundo o atleta, a
discussão começou na porta de um bar. Flávia apareceu de surpresa.
“Parei lá e, depois de dez minutos, o cara lá que olha os carros na rua
me chamou. Falou: ‘sua mulher está quebrando o seu carro’. E veio me
agredir. Para evitar confusão, virei as costas. Peguei o carro e fui
embora”, contou. As câmeras do prédio registraram a chegada de Rafael e
da namorada, dez minutos depois.
O jogador da Portuguesa diz que a discussão continuou dentro do
apartamento e que ele começou a arrumar as malas para sair de casa.
Segundo Rafael, ao saber da separação, Flávia jogou uma caixa de som na
cabeça dele. Foi a última briga do casal. “Ela chegou em casa toda
eufórica, me agredindo e foi no que deu tudo nisso, que aconteceu essa
fatalidade”, lembrou.
O atacante da Portuguesa diz que são dele as manchas de sangue achadas
no elevador e no apartamento, inclusive as das mãos no azulejo do
banheiro. De acordo com Rafael, o sangue é do ferimento na cabeça,
provocado pela caixa de som. O material está sendo analisado pela
perícia.
Ele diz que não se sente culpado. “Não me sinto culpado, não. Porque o
que eu pude fazer por ela, eu fiz", alega. Agora, Rafael terá que
prestar novo depoimento e vai participar da reconstituição da morte de
Flávia, que deve ocorrer esta semana. A polícia espera o resultado dos
laudos para concluir o caso e dizer se Flávia foi, ou não, assassinada.
Veja o Vídeo:
Fonte: Informações e Video G1 o portal da TV Globo
1 comentários:
eu acho que ele ñ matou ela eu ja tentei me matar pelo meu companheiro só que eu ñ tive sucesso que nem ela,i eu acredito que ela possa ter se jogado pq mulher quando esta apaixonada faz quaquer loucuraainda mais quando sabe que esta perdendo ou vai perder.sou tassiane maris
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