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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SINPOL emite Nota sobre retirada de PMs das Delegacias do Interior


O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SINPOL/RN),  por meio de nota, fez esclarecimentos relacionados às últimas notícias sobre as medidas adotadas pelo Governo do Estado, em cumprimento a acordo com os agentes e escrivães ao final de greve que durou quase dois meses, e terminou em julho passado.

Confira Nota
 
►A retirada de policiais militares que trabalhavam improvisadamente em delegacias do Rio Grande do Norte, assim como de pessoas estranhas ao quadro, era uma reivindicação antiga da categoria e uma necessidade diante do crescente sucateamento da Polícia Civil, que diante do crescimento populacional só tem seu quadro reduzido ano após ano.

►É incorreto tentar responsabilizar a categoria pela suspensão, mesmo que momentaneamente dos serviços, na aplicação das medidas, quando neste início da semana foi inviabilizado o funcionamento de algumas delegacias da região de Mossoró e cidades vizinhas.

►Não cabe ao sindicato ou à categoria estabelecer a estratégia para cumprir o que foi acordado, mas sim cobrar e fiscalizar. O Governo é que tem, por obrigação, que acabar com o desvio de função na Segurança Pública e se preocupar em garantir investimentos no efetivo da Polícia Civil, com priorização na nomeação dos aprovados no concurso. 

►Porém, enfatizemos: o Estado só adota medidas com impactos negativos neste momento por negar-se a convocar os 509 policiais civis aprovados e já qualificados para suas funções, jogando a opinião pública contra os policiais civis.

►Essa necessidade de convocação se faz ainda mais presente se for observado que deve ocorrer o afastamento, em função da aposentadoria, de aproximadamente 400 policiais civis, o que representa perda de cerca de 30% do efetivo - o Estado tem pouco mais de 1.300, entre delegados, agentes e escrivães.

►Uma situação mais que complicada, visto que o déficit, sem essa redução prevista, já é estimado em aproximadamente 6 mil. Para se ter noção, o SINPOL levantou, em 2009, que apenas 22,7% dos municípios potiguares têm policiais civis (muitos com apenas um agente), ou seja, 129 das 167 cidades.
 
►Queremos, contudo, enfatizar que o inconveniente de hoje pode ser comemorado pela sociedade amanhã. Afinal, estes policiais militares serão reintegrados aos seus batalhões, reforçando o trabalho ostensivo, que tem caráter preventivo. O retorno dos PMs do interior às suas funções é de extrema necessidade neste momento em que os índices de violência na região elevaram exponencialmente. E assim, o Governo deixa de recrutar servidores da capital, reduzindo custos de pagamento de diárias, combustível e manutenção dos veículos.

Informações: www.sinpolrn.org.br

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