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sábado, 22 de outubro de 2011

Robinson Faria rompe com Rosalba Ciarlini e leva junto o chefe de Gabinete Paulo de Tarso


Vice-governador também retira da base aliada os deputados Gesane Marinho, José Dias e Fábio Faria.

Dizendo que foi "usado e descartado", o vice-governador Robinson Faria (PSD) anunciou na tarde de ontem a entrega de todos os cargos indicados por ele na estrutura do Governo do Estado e de quebra trouxe a reboque de sua decisão o pedido de demissão do secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, que saiu do cargo em solidariedade ao amigo.

Ao lado de Robinson estavam o deputado federal Fábio Faria e os estaduais Gesane Marinho e José Dias.

O vice-governador abriu mão de indicações na Companhia de Águas e Esgostos do Rio Grande do Norte (Caern), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e o Instituto de Gestão de Águas (Igarn).

Na entrevista coletiva concedida em Natal, o vice-governador fez duras críticas à governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Ao começar a conversa com os jornalistas, ele demonstrou tristeza por tomar essa decisão justamente no aniversário dos filhos gêmeos e fez um relato sobre os fatos que o levaram a se aliar a demista.

O pessedista afirmou que uma das promessas que o atraiu para a aliança foi a de que com êxito nas urnas em 2010, seria candidato da base do governo ao Senado em 2014. "Carlos Augusto Rosado é o mentor político de Rosalba e ele tem sido vitorioso. Ele, Carlos Augusto, disse que eu seria o candidato a senador de Rosalba em 2014", relatou.

Em seguida, o vice-governador disse ter sido decisivo para que a governadora fosse vitoriosa no primeiro turno. "Foi o marido da governadora Carlos Augusto Rosado quem confirmou isso. Após a eleição, ele foi a minha casa, bebendo um vinho, disse que sabia que a mulher dele só era governadora graças ao grupo de Robinson Faria", acrescentou.

Ele disse ter ficado confiante com a posição tendo em vista que só se tratava de política com o próprio Carlos Augusto. "Eu ia despachar com a governadora e ela dizia que a parte política eu conversasse com o marido dela. Tentava falar com o marido dela, mas eu passava três meses e não conseguia falar com ele", disse.

Outro fato relatado pelo vice-governador foi que antes mesmo de assumir o PSD, ele vinha percebendo que estava sendo deixado de lado pela governadora. "Eu achava aquilo estranho. Sou observador e percebia porque ela foi a Brasília por três ou quatro vezes discutir assuntos da minha Secretaria, mas não me convidava. Eu fui o único secretário que entreguei um plano para quatro anos da gestão", contou.

PAULO DE TARSO
A reportagem fez contato telefônico com Paulo de Tarso Fernandes, mas o telefone celular dele estava desligado.

Fonte: Bruno Barreto - Jornal o Mossoroense

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