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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CASO DNOCS: Elias Fernandes emite nota para se defender de acusações


Permanência do engenheiro poriguar no comando do DNOCS é uma incógnita e provoca crise entre o PMDB e o Palácio do Planalto.

Alvo de denúncias de corrupção e de favorecimento ao Rio Grande do Norte, o diretor-geral do DNOCS, Elias Fernandes (PMDB), emitiu hoje (24) nota à imprensa para se defender das acusações.

Os três principais jornais do país - Folha de São Paulo, O Globo e O Estado de São Paulo - publicaram reportagens destacando a crise no DNOCS e as dificuldades enfrentadas por Elias Fernandes para se manter no comando do órgão.

Segundo a imprensa nacional, a exoneração de Elias Fernandes é uma questão de tempo. A presidente Dilma Rousseff aguarda apenas manifestação do Tribunal de Contas da União sobre os desvios de recursos no departamento, ligado ao Ministério da Integração Nacional.

Leia a nota do diretor Elias Fernandes na íntegra:

Nota de esclarecimento:

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, a respeito de notícias veiculadas na imprensa brasileira sobre possíveis sobrepreços de 312 milhões em obras e serviços auditados pela Controladoria Geral da União - CGU, vem a público informar o que se segue:

01 - A complementação salarial devida aos servidores do DNOCS (VPNI), nos percentuais de 70% e 100% do vencimento básico de níveis médio e superior, foi implementada através de Decreto-Lei nº 2.438, de 1988, não tendo o DNOCS governança sobre a implantação da política salarial dos seus servidores e instado o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a se posicionar acerca do tema, a Secretaria de Recursos Humanos daquele Ministério, em Nota Técnica, assim se manifesta: "...por esta mesma razão não há falar em responsabilização dos Gestores que, em atendimento às determinações desta SRH/MP aplicaram o raciocínio esposado por meio da Nota Técnica Conjunta nº 01/2009/COGES/COGJU/DENOP/SRH/MP.", não podendo ser imputado a este órgão a responsabilização dos valores pagos aos servidores de R$ 119,7 milhões no período de 2006 a 2011.

02 - A Barragem de Congonhas, orçada em R$ 160 milhões, no estado de Minas Gerais, foi licitada em 2002 e suas obras não foram iniciadas até a presente data, sobretudo por problemas ligados a licenças ambientais. O contrato com o consórcio que iria construir a obra foi rescindido por este diretor geral, com publicação pelo Diário Oficial da União em 29 de dezembro de 2011.

03 - Os convênios firmados com o estado do Rio Grande do Norte, pelo DNOCS, envolvendo recursos da ordem de R$ 12 milhões, que representa apenas 5,05% dos valores repassados pela Defesa Civil aos estados, a sua execução é de total responsabilidade das prefeituras, (licitar, contratar e executar) ficando o DNOCS apenas com a responsabilidade de repassar os recursos e acompanhar o andamento dos serviços.

04 - Na barragem Figueiredo, algumas das obras e serviços apontados pela imprensa com desvio de recursos da ordem de R$ 13,65 milhões não foram executadas. Portanto, não houve qualquer desvio. Se houve algum equívoco na análise técnica dos serviços, isto está sendo apurado, e como medida preventiva, a Comissão foi destituída pela atual direção geral e nomeada outra, para dar prosseguimento aos trabalhos, que deverão ser retomados após a quadra invernosa, a partir do mês de junho.

Portanto, dos alegados R$ 312 milhões de prejuízos causados pelo DNOCS, não há de se falar em desvios, pois as providências já tomadas foram comunicadas ao Ministério da Integração Nacional, à Controladoria Geral da União e ao Tribunal de Contas da União para as devidas análises e julgamento.

Fortaleza, 24 de janeiro de 2012

Engº Elias Fernandes Neto
Diretor Geral do DNOCS
 
Informações nominuto.com
 

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