Nesta quinta-feira, 23 de maio, o Ministério da Saúde lançou um levantamento onde mostra que há um déficit de 54 mil médicos no Brasil. No entanto, segundo o Banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS) existem 97 mil profissionais a mais no país e que o problema é a má distribuição deles, que preferem os grandes centros às periferias e o interior.
Para resolver esta questão, o governo criou o Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (Provab), mas a Confederação Nacional de Municípios (CNM) ressalta que há dificuldades na contratação dos médicos por conta dos baixos orçamentos para o pagamento dos profissionais do Provab.
O Programa paga R$ 8 mil para médicos recém-formados atuarem em equipes no Saúde da Família em Municípios do interior. O Ministério paga diretamente ao profissional, mas este valor é deduzido da transferência do governo às prefeituras. Portanto, como são R$ R$ 10.695 por cada equipe do PSF, o que resta para os Municípios pagarem enfermeiros, auxiliares, e os custos com a logística é apenas R$ 2.695.
Para a CNM, mais uma vez o governo criou um programa que não resolve o problema da interiorização dos médicos e ainda retira dos Municípios os escassos recursos existentes para a Saúde.
Concentração de médicos
O desafio é atrair os médicos para o interior e fazer com que a concentração deles nos centros urbanos acabe. Só o Estado de São Paulo, por exemplo, possui um superávit de 40 mil médicos, concentrados em apenas 40 Municípios do total de 645 existentes.
CNM
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