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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

'Ele não é disso', diz avó sobre neto suspeito de matar grávida em Patu, RN

Crime aconteceu no último domingo (11) em Patu, região Oeste potiguar. Segundo a polícia, suspeito seria pai da criança que a mulher esperava.

"Ele não faria isso. Não é dessas coisas". A avó do suspeito de assassinar a empregada doméstica Sanclea Fernandes Dantas, de 32 anos, acredita na inocência do neto. O crime aconteceu na madrugada do último domingo (11), na cidade de Patu, região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo a aposentada Francisca Araújo, que conversou com o G1, o jovem Waedson Hually Araújo, de 19 anos, não tinha motivos para cometer o crime. 

De acordo com a família, o jovem concluiu o ensino médio recentemente. "Ele só estava estudando para fazer uma prova que ficou faltando", contou. O rapaz foi preso na casa dos avós poucas horas após o crime. Ele permanece detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Patu. Com ele, a polícia apreendeu uma moto roubada. A diretoria do CDP disse que o rapaz está detido numa cela comum junto com outros presos.

Apesar de já ter sido presos em outras ocasiões por roubo, a avó não consegue acreditar que o neto possa ter matado a doméstica. "Eu não consigo acreditar, de forma alguma. Ele não é disso", reafirmou. A família já está à procura de um advogado para constituir a defesa do jovem.

O delegado Sandro Régis acrescenta que ainda está ouvindo testemunhas. Ele acredita que terá mais informações que possam ajudar a elucidar o crime ainda nos próximos dias. "Ainda ouvirei mais pessoas. Acredito que teremos mais revelações em breve", afirmou.

O crime

Sanclea estava grávida do principal suspeito do crime. Segundo as investigações da Delegacia Regional de Patu, a empregada estava no terceiro mês de gestação e morreu vítima de três disparos de arma de fogo quando chegava na casa de um amigo. O delegado Sandro Régis, responsável pela investigação, afirma que tem evidências que apontam para o ex-namorado da vítima. O jovem tem 19 anos e nega qualquer participação no crime.

O homicídio aconteceu por volta das 2h30 do domingo (11). "Ela estava em uma festa com amigas e saiu para a casa de um amigo, onde iria dormir. Um homem chegou em uma moto e atirou três vezes nela", afirmou o delegado. Familiares da vítima disseram que ela sofria ameaças do ex-namorado. A polícia ouve depoimento de testemunhas e familiares desde  segunda-feira (12).

O delegado descobriu que o suspeito também estava na boate na noite do crime. "Também soubemos que ele saiu de casa em uma moto e chegou em outra. Queremos saber o motivo disso", contou Sandro Régis. A polícia pediu a prisão preventiva do suspeito, que foi concedida na tarde desta terça (13).

Sanclea trabalhava como empregada doméstica em Mossoró, também na região Oeste potiguar. “Ela estava em Patu de folga”, contou o delegado. Ela e o suspeito encerraram o relacionamento há um mês. “As pessoas dizem que ele não se conformava e dizia que iria matá-la caso ela namorasse outra pessoa”, acrescentou Sandro Régis.

Vítima planejava fuga

De acordo com o delegado, a mulher para quem Sanclea trabalhava em Mossoró afirmou que a empregada doméstica havia pedido demissão uma semana antes do crime. "Ela pediu que Sanclea ficasse pelo menos até a quarta (7). Nesse dia, a vítima chegou a Patu e no fim de semana foi morta", relatou o delegado.

Sanclea planejava viajar para Brasília, onde mora a irmã dela. A história da fuga é confirmada pela tia, Maria de Fátima Dantas, de 49 anos. "Sanclea não aguentava mais as ameaças. Ele disse que ia atrás dela aonde fosse, que não haveria perdão", diz. Ao delegado, o suspeito disse que não sabia da gravidez de Sanclea.

Família relata ameaças

A tia da vítima, Maria de Fátima Dantas, de 49 anos, conta que as ameaças eram feitas por mensagens e ligações. "Tínhamos conhecimento do relacionamento, mas não sabíamos que era algo tão sério. Ninguém achava que ele seria capaz de fazer isso", afirma.

Após o crime, as suspeitas da família caíram sobre o jovem de 19 anos com o qual Sanclea teve um relacionamento. "Com as ameaças só podemos achar que foi ele", diz.

O relacionamento entre Sanclea e o suspeito havia terminado há um mês. Eles se encontravam desde a época em que o jovem estava preso por roubo. "Soube por algumas amigas que ela levava comida para ele na delegacia", acrescenta a tia.

Sanclea estava no terceiro mês de gestação e já tinha um filho de 16 anos. De acordo com a tia, ela trabalhava em Mossoró, na região Oeste potiguar, como empregada doméstica, e viajava para Patu nos fins de semana. "O pai dela faleceu e a mãe mora em Belém", explica Maria de Fátima. O enterro da vítima aconteceu nesta segunda-feira (12).

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Do G1/RN

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