Marcela
Malheiro Santos, de 16 anos, tem o privilégio de escolher entre o curso
de medicina de nove universidades brasileiras. A estudante foi aprovada
nas principais instituições de ensino do país, entre elas: Universidade
de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e a Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
Instituições em que Marcela foi aprovada
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp)
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – SiSU
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Universidade Metropolitana de Santos (Unimes)
PUC-Campinas
PUC-Paraná
Instituições em que Marcela não foi aprovada
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
No total, Marcela prestou 13 vestibulares. Passou em nove, não passou em quatro. A estudante já decidiu: vai fazer o curso de medicina da USP.
Filha
de um bancário e uma profissional de biblioteconomia, a estudante diz
que seus pais nunca exigiram que ela fosse uma aluna excelente e tivesse
sucesso no vestibular. A mãe, inclusive, avisou que a família faria um
esforço para mantê-la em uma universidade particular caso ela não
conseguisse vaga nas públicas. Porém, Marcela nem trabalhou com esta
hipótese.
“Sempre
fui exigente demais comigo. Na escola se eu tirasse nove ficava mal e
ia questionar o professor”, disse Marcela ao receber a reportagem do G1
em sua casa, no bairro de Pirituba, em São Paulo,. Em plena entrevista, o
nome da vestibulanda aparecia em mais uma lista, a dos aprovados em
medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Quando criança, ela ‘pulou’ um ano
Ainda
criança, Marcela mostrou seu potencial. Quando tinha 6 anos, sua mãe
foi informada pela professora de educação infantil da escola onde
estudava que a menina já estava alfabetizada e portanto atrapalhava o
andamento da turma, por isso deveria ser matriculada no primeiro ano do
ensino fundamental, ou seja, “pular” um ano. A mãe, na época, teve
dificuldades de encontrar um colégio que aceitasse a matrícula já que a
menina ainda não havia completado 7 anos.
Marcela
fará 17 anos no próximo dia 22 de fevereiro. Para ela, a pouca idade
não será problema quando estiver na faculdade. “Todo mundo estará lá com
o mesmo objetivo. Foi difícil para todo mundo da mesma forma, por isso a
idade não faz diferença.”
Mesmo
antes de concluir o ensino médio, o nome da estudante já aparecia na
lista de classificados da USP. No ano passado, ela foi aprovada como
treineira na área de biológicas, e no primeiro ano do ensino médio
também passou para a segunda fase, mas não fez a prova porque foi
viajar.
Aluna
do Colégio Integrado Objetivo, em São Paulo, Marcela diz que não
esperava passar em nenhum dos vestibulares que prestou. Tanto que chegou
a se matricular como garantia na PUC-Paraná, uma das primeiras
instituições a divulgar o resultado. “Toda vez que via meu nome na lista
de aprovados ficava muito surpresa”, afirma.
Dedicação
Tanto
sucesso não foi à toa. Marcela sempre foi boa aluna, ama ler e reservou
o ano de 2010 para se preparar ao vestibular. Desistiu das aulas de
balé, jazz e sapateado, das conversas com os amigos pela internet, e dos
passeios. No máximo, dava uma volta de meia hora de bicicleta, pelo
bairro onde mora, em Pirituba, aos domingos.
De
manhã, frequentava as aulas regulares do terceiro ano do ensino médio, e
à tarde aproveitava as atividades extras da escola, como plantão de
dúvidas e aulas de redação. Em casa estudava na escrivaninha no quarto,
sob silêncio total. “Nunca fui de ficar estudando o tempo todo, mas
prestava muita atenção nas aulas. Os professores dão dicas do que vai
cair e há questões modelo que você pode treinar”, destacou.
A
tática de Marcela foi inversa da maioria dos vestibulandos. Entre
janeiro a maio de 2010, ela pegou pesado nos estudos, e relaxou no
segundo semestre. “Não dá para estudar como maluca. Você fica muito
cansada e dá mais nervosismo na hora da prova.”
Escolha
A
opção por estudar medicina veio de empurrão dos pais que consideram que
ela tem perfil para carreira. A garota não imagina como será o curso,
nem tem ideia da especialidade que pretende seguir. No momento, está
ansiosa com o trote. “Estou com um pouco de medo, mas conheço uma menina
que está no segundo ano que pode me ajudar”, brinca.
Concluída
a missão de passar no vestibular, Marcela tem planos de fazer dança de
salão e voltar a viajar – uma de suas paixões. Quando fez 15 anos pode
escolher entre uma festa e uma viagem. Fez a segunda opção e passou 30
dias viajando pela Europa com a irmã que também seguiu carreira em saúde
e é dentista. Para comemorar o sucesso nos vestibulares, Marcela
pretende fazer uma nova viagem com os pais.
Veja dicas de estudos da vestibulanda
- Se possível, dedicar o ano aos estudos e dispensar demais compromissos;
- Não estudar muitas horas por dia;
- Prestar atenção nas aulas e nas dicas dos professores;
- Responder questões de vestibulares anteriores, pois muitos modelos são mantidos;
- Ler revistas, jornais, livros e sites informativos;
- Aos alunos que ainda não estão no terceiro ano, vale a pena prestar vestibular como treineiro;
- Revisar a matéria do dia, em casa;
- Fazer uma redação por semana;
- Buscar formas de relaxar o corpo e a mente pelo menos uma vez por semana;
- Evitar comidas pesadas, como fritura, principalmente antes das provas.
- Não estudar muitas horas por dia;
- Prestar atenção nas aulas e nas dicas dos professores;
- Responder questões de vestibulares anteriores, pois muitos modelos são mantidos;
- Ler revistas, jornais, livros e sites informativos;
- Aos alunos que ainda não estão no terceiro ano, vale a pena prestar vestibular como treineiro;
- Revisar a matéria do dia, em casa;
- Fazer uma redação por semana;
- Buscar formas de relaxar o corpo e a mente pelo menos uma vez por semana;
- Evitar comidas pesadas, como fritura, principalmente antes das provas.
G1
Via Sertão News
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