Policiais Militares entraram na Penitenciária de Alcaçuz após o assassinato de Antônio Maia |
A "guerra" entre membros de famílias da região Oeste do Rio Grande do
Norte pode ter motivado mais um homicídio, mas desta vez o cenário foi
diferente: Presídio Estadual de Alcaçuz. Antônio Maia dos Santos,
conhecido como "Mainha" ou "Baianinho", foi morto a tiros por Humberto
Alves Saldanha, o "Galego de Antenor" ontem, por volta das 14h30.
Antônio Maia foi morto com um tiro de revólver 38, cuja bala entrou de
um lado, à altura da axila e saiu do outro lado do tronco superior,
segundo informou o diretor da penitenciária, Wellington Marques.
O assassinato de "Mainha" ocorreu na saída de uma conversa que ele teve com o seu advogado Alexandre Thiago da Costa, quando foi surpreendido pelo presidiário Humberto Alves Saldanha, o "Galego de Antenor", de quem era inimigo por causa da rixa entre as famílias Carneiro x Veras/Saldanha, da Região Oeste do Rio Grande do Norte.
Wellinton Marques confirmou que alguém devia ter avisado a "Galego de Antenor" sobre a volta da vítima para o pavilhão 2, justamente na hora em que Humberto Saldanha era encaminhado para se juntar ao grupo de presidiários que iam ser vacinados contra hepatite "C", no setor médico da penitenciária de Alcaçuz. O diretor do presídio disse que a arma usada no crime foi encaminhada para a Delegacia de Nísia Floresta, onde será feito o inquérito criminal.
Marques informou que "Baianinho" sofreu hemorragia interna e morreu no pátio interno do presídio, há uns 20 metros do segundo portão do saguão de entrada da diretoria. O corpo foi recolhido para o Itep por uma viatura policial. Depois de matar ANtônio Maia, Humberto ALves ainda tentou matar um outro preso, Alexandre Thiago da Costa, o "Xandinho", que também era ligado ao mesmo grupo de Baianinho. Ele atirou duas vezes contra Xandinho, mas não acertou nenhum dos disparos e acabou sendo alvejado por agentes penitenciários estaduais, que interviram e evitaram que outras mortes ocorressem. Ferido, Humberto foi socorrido para o pronto-socorro Clóvis Sarinho, anexo do Hospital Walfredo Gurgel.
O assassinato de "Mainha" ocorreu na saída de uma conversa que ele teve com o seu advogado Alexandre Thiago da Costa, quando foi surpreendido pelo presidiário Humberto Alves Saldanha, o "Galego de Antenor", de quem era inimigo por causa da rixa entre as famílias Carneiro x Veras/Saldanha, da Região Oeste do Rio Grande do Norte.
Wellinton Marques confirmou que alguém devia ter avisado a "Galego de Antenor" sobre a volta da vítima para o pavilhão 2, justamente na hora em que Humberto Saldanha era encaminhado para se juntar ao grupo de presidiários que iam ser vacinados contra hepatite "C", no setor médico da penitenciária de Alcaçuz. O diretor do presídio disse que a arma usada no crime foi encaminhada para a Delegacia de Nísia Floresta, onde será feito o inquérito criminal.
Marques informou que "Baianinho" sofreu hemorragia interna e morreu no pátio interno do presídio, há uns 20 metros do segundo portão do saguão de entrada da diretoria. O corpo foi recolhido para o Itep por uma viatura policial. Depois de matar ANtônio Maia, Humberto ALves ainda tentou matar um outro preso, Alexandre Thiago da Costa, o "Xandinho", que também era ligado ao mesmo grupo de Baianinho. Ele atirou duas vezes contra Xandinho, mas não acertou nenhum dos disparos e acabou sendo alvejado por agentes penitenciários estaduais, que interviram e evitaram que outras mortes ocorressem. Ferido, Humberto foi socorrido para o pronto-socorro Clóvis Sarinho, anexo do Hospital Walfredo Gurgel.
Arma de fogo
Essa foi o segundo assassinato dentro de Alcaçuz, cujo modus operandi foi o uso de arma de fogo. Em 24 de abril deste ano, portanto, depois de três meses e quatro dias, o ex-policial Roberto do Nascimento, o "Bebeto", foi morto a tiros pelo presidiário conhecido como "Bombado".
O diretor da penitenciária lembrou que a última revista dentro de Alcaçuz ocorreu há uns 20 dias, quando foram encontrados um revólver, um pente e 60 munições em um dos pavilhões do presídio. Dias depois, segundo ele, uma pistola foi interceptada com um policial militar.
De acordo com o coordenador da Administração Penitenciária do Estado, José Olímpio da Silva, os dois são oriundos do Alto Oeste potiguar e o motivo para a execução ainda não está esclarecido.
De acordo com Olímpio, o outro detento, conhecido como Xandinho, teria sido alvo do ataque de "Galego de Antenor", mas não foi ferido. "Vamos instaurar uma sindicância e investigar como mais uma arma entrou aqui no presídio", garantiu Olímpio.
Rixas familiares podem ser o motivo
Antônio Maia Santos é apontado como ex-integrante do bando do assaltante Valdetário Carneiro, morto em 2003 durante confronto com a polícia. Ele cumpria pena de 29 anos por homicídio e tentativa de homicídio.
Considerado um dos bandidos mais perigosos do Estado, "Baianinho" foi condenado em 2008 pelo homicídio de um panificador entre as cidades de Campo Grande e Caraúbas, no Alto Oeste potiguar. Ele, inclusive, chegou a ser preso com armas que pertenciam a Valdetário Carneiro, como pistolas 9mm, Ponto 40 e um fuzil 556. O homicídio pelo que foi condenado "Baianinho" teria sido motivado por briga entre sua família e a da vítima.
"Galego de Antenor" também tem histórico de violência entre famílias fora do presídio. Ele, que está condenado por assaltos e homicídios, já estava preso quando o pai, Antenor Saldanha Bezerra, foi assassinado em fevereiro deste ano junto com a filha, Francisca Joaquina Alves, em Janduís. A família de "Galego de Antenor" tinha rixas com outras na região de Janduís.
Em menos de três meses, essa também foi a terceira morte dentro do presídio de Alcaçuz, onde, no dia 3 de maio, o detento Magno Boaventura, 33 anos, foi assassinado com características acentuadas de tortura e brutalidade.
O crime se deu em meio a uma rebelião iniciada após tentativa de fuga frustrada por policiais militares, responsáveis pela guarda externa do presídio. Com o motim, outros presos foram ao encontro de Magno Boaventura e cortaram sua cabeça e o peito, espalhando os órgãos do detento em celas e em colchões que estavam em chamas.
Essa foi o segundo assassinato dentro de Alcaçuz, cujo modus operandi foi o uso de arma de fogo. Em 24 de abril deste ano, portanto, depois de três meses e quatro dias, o ex-policial Roberto do Nascimento, o "Bebeto", foi morto a tiros pelo presidiário conhecido como "Bombado".
O diretor da penitenciária lembrou que a última revista dentro de Alcaçuz ocorreu há uns 20 dias, quando foram encontrados um revólver, um pente e 60 munições em um dos pavilhões do presídio. Dias depois, segundo ele, uma pistola foi interceptada com um policial militar.
De acordo com o coordenador da Administração Penitenciária do Estado, José Olímpio da Silva, os dois são oriundos do Alto Oeste potiguar e o motivo para a execução ainda não está esclarecido.
De acordo com Olímpio, o outro detento, conhecido como Xandinho, teria sido alvo do ataque de "Galego de Antenor", mas não foi ferido. "Vamos instaurar uma sindicância e investigar como mais uma arma entrou aqui no presídio", garantiu Olímpio.
Rixas familiares podem ser o motivo
Antônio Maia Santos é apontado como ex-integrante do bando do assaltante Valdetário Carneiro, morto em 2003 durante confronto com a polícia. Ele cumpria pena de 29 anos por homicídio e tentativa de homicídio.
Considerado um dos bandidos mais perigosos do Estado, "Baianinho" foi condenado em 2008 pelo homicídio de um panificador entre as cidades de Campo Grande e Caraúbas, no Alto Oeste potiguar. Ele, inclusive, chegou a ser preso com armas que pertenciam a Valdetário Carneiro, como pistolas 9mm, Ponto 40 e um fuzil 556. O homicídio pelo que foi condenado "Baianinho" teria sido motivado por briga entre sua família e a da vítima.
"Galego de Antenor" também tem histórico de violência entre famílias fora do presídio. Ele, que está condenado por assaltos e homicídios, já estava preso quando o pai, Antenor Saldanha Bezerra, foi assassinado em fevereiro deste ano junto com a filha, Francisca Joaquina Alves, em Janduís. A família de "Galego de Antenor" tinha rixas com outras na região de Janduís.
Em menos de três meses, essa também foi a terceira morte dentro do presídio de Alcaçuz, onde, no dia 3 de maio, o detento Magno Boaventura, 33 anos, foi assassinado com características acentuadas de tortura e brutalidade.
O crime se deu em meio a uma rebelião iniciada após tentativa de fuga frustrada por policiais militares, responsáveis pela guarda externa do presídio. Com o motim, outros presos foram ao encontro de Magno Boaventura e cortaram sua cabeça e o peito, espalhando os órgãos do detento em celas e em colchões que estavam em chamas.
Informações Tribuna do Norte
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