Líderes governistas e oposicionistas divergem sobre a continuidade ou não dos trabalhos do Congresso durante o período constitucionalmente previsto para o recesso parlamentar, entre 23 de dezembro e 1º de fevereiro.
No centro do debate, está o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na última quarta-feira (2), e comunicado ao Plenário na quinta (3).
No centro do debate, está o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na última quarta-feira (2), e comunicado ao Plenário na quinta (3).
O governo defende a continuidade do processo durante o período de férias, como destaca o vice-líder do PT na Câmara Afonso Florence (BA). "Não se trata apenas de angariar voto em relação à comissão, não se trata apenas de contar prazos. Achar que tem o menor cabimento recesso nesse momento, ainda mais sabendo que esse tema contamina a economia nacional, acirra os ânimos? O fato é que a presidência da Casa, o deputado Eduardo Cunha, e a oposição jogaram o ano todo para essa polarização acirrada, dilacerando a sociedade brasileira. Para nós, não tem que ter recesso, tem que apreciar [o pedido de impeachment] com a celeridade necessária para o bem do País."
Eduardo Cunha diz que o recebimento da denúncia, formulada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, atendeu a critérios técnicos, segundo requisitos mínimos de autoria e responsabilidade. Dilma é acusada de crime de responsabilidade contra a lei orçamentária.
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