São Paulo – Estudo feito pelo movimento Todos pela Educação aponta
que 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estavam fora da
escola em 2010. Na década (2000-2010), entretanto, houve um aumento de
9,2% na taxa de acesso à escola, segundo o estudo De Olho nas Metas 2011, divulgado hoje (7).
A Região Norte registrou o maior aumento na frequência ao sistema de
ensino, com crescimento de 14,2%, o que possibilitou o atendimento de
87,8% das crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos. A Região Sudeste
teve o menor avanço na década, expansão de 8%. Ainda assim, é a parte do
país com maior índice de jovens matriculados, 92,7%. No Brasil, a taxa
de inclusão escolar chega a 91,5%.
Mesmo com o acréscimo nas taxas de frequência, o relatório aponta que
o país não conseguiu superar a meta intermediária (de 93,4% de acesso)
estabelecida para o ano de 2010.
Com o maior número de jovens em idade escolar (17,3 milhões), a
Região Sudeste registra o maior número de crianças e adolescentes fora
da escola (1,27 milhão). Desses, 607,2 mil estão no estado de São Paulo,
unidade da federação com maior número de jovens sem estudar.
Percentualmente, no entanto, apenas 7% dos paulistanos entre 4 e 17 anos
não frequentam a escola.
Na Região Norte são 579,6 mil jovens que não estão estudando. O Acre é
o estado com a pior taxa de inclusão, 85%, o que representa 35 mil
crianças e adolescentes fora do sistema de ensino.
As taxas de acesso à pré-escola permanecem em patamares muito mais
baixos que os estabelecidos pelas metas. Crianças de 4 e 5 anos têm a
menor taxa de atendimento (80,1%). Na Região Norte, apenas 69% das
crianças que deveriam estar na pré-escola estão estudando.
O ensino médio também apresenta uma taxa de frequência menor do que a
média. Na faixa de 15 a 17 anos, apenas 83,3% estão inseridos no
sistema de ensino, o que representa 1,7 milhão de jovens fora da escola.
O menor percentual de acesso é registrado novamente no Norte (81,3%).
O estudo De Olho nas Metas é um relatório anual cujo intuito
é acompanhar indicadores educacionais ligados às cinco metas
estabelecidas pelo Todos Pela Educação para serem cumpridas até 2022. A
primeira meta é chegar ao índice de 98% ou mais das crianças e jovens de
4 a 17 anos matriculados e frequentando a escola no prazo de dez anos.
Fonte: Agência Brasil
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